Bento Freitas

Com orçamento apertado, Xavante busca soluções diferentes para fechar contratos

Exclusão de adicional de moradia e assinatura de vínculos mais curtos são algumas das alternativas; gerente de futebol do Brasil enfatiza papel do sócio

Foto: Carlos Queiroz - DP - Valores oriundos do quadro social não ficam retidos judicialmente, caso de outras receitas do Rubro-Negro

A situação econômica do Brasil é assunto habitual e, diante das dificuldades, o clube tenta encontrar soluções para amenizá-las. Ao Diário Popular, o gerente de futebol do clube, Luis Fernando Hannecker, falou nesta quinta-feira (7) sobre algumas das alternativas criadas pela direção. A exclusão do valor adicional para moradia dos atletas e a assinatura de contratos curtos são exemplos. 

“O que mudou é que antes tínhamos um valor de folha mais a moradia. Agora a moradia está dentro da folha. Vou acertar com um jogador lá. Vou dizer pra ele mil reais [exemplo]. É mil com a moradia. Se tiver 26 jogadores, bota aí R$ 1,5 mil em média [de acréscimo para a residência], dá uma redução de quase R$ 50 mil [por mês]”, diz. Essa opção começou a ser alinhada ainda durante a temporada 2023, após o último Gauchão, redefinindo alguns contratos. 

Diante desse cenário de exigência de adequações financeiras, Hannecker lembra que a nova Executiva assumiu o clube há pouco tempo – menos de dois meses. “Aqui no Brasil pesa um pouco ainda a questão de não ter a segurança de não saber 100% se vai pagar. É difícil de descrever. Parece que estou falando mal do clube, mas não é. É a realidade. Os caras que saíram daqui, a gente atrasou o parcelamento”, afirma, referindo-se aos acordos feitos com jogadores do plantel dirigido por Rogério Zimmermann neste ano.

Luis Fernando Hannecker conversou com a reportagem. Foto: Carlos Queiroz - DP

Valores, sócios e o segundo semestre

O gerente de futebol enfatiza que a procura por mais contratações de olho no Gauchão 2024 passa por análise detalhada do mercado pelo departamento de futebol. Ao negociar, porém, é comum ver o poder econômico do Xavante ficar atrás de times de outros lugares do País. A segunda divisão de São Paulo, por exemplo, costuma oferecer salários mais altos. 

“Em relação a valores, estamos tentando buscar jogadores com perfil, que se encaixem dentro das características que a comissão gosta, que o Fabiano [Daitx] gosta. E que o Brasil possa pagar. Nessa relação aí é difícil estabelecer um valor. Entre o Paulistão, por exemplo, e o Gauchão, às vezes o jogador tem a preferência de jogar o Paulista”, compara. 

E quando o assunto envolve finanças, Hannecker reforça o impacto do quadro social – recursos que não ficam bloqueados judicialmente e vão direto aos cofres rubro-negros. Essa incerteza econômica impede o planejamento da Série D do Brasileirão, ou seja, vários dos 24 jogadores contratados até agora assinaram apenas para o período do Gauchão. 

“Hoje a direção ainda não nos deu um valor para o segundo semestre. Não posso oferecer o que eu não tenho. Venho falando a verdade: possivelmente, no segundo semestre vai ter uma redução na folha em relação ao Estadual. [...] Esse ano se estipulou um valor para a Série D sem a garantia de ter o valor. O que aconteceu? Não conseguiu honrar”, relembra o profissional.

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